Tenho que começar esse artigo dizendo que sou um profissional do setor de Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) insatisfeito e inconformado com o padrão de serviços apresentados pelas empresas em que trabalhei. Acredito que algo diferente deve ser oferecido e minha afirmação não vem apenas da minha experiencia e sim do que ouvi dos clientes consumidores e clientes compradores.
Por que o padrão de serviço precisa mudar? Esse questionamento me acompanha já a algum tempo e foi muito difícil encontrar referencias no mercado que fizessem meus olhos brilharem, então o jeito foi buscar a solução em outro segmento que a meu ver está bem à frente de nós, “O VAREJO”.
Sim, restaurantes comerciais estão inovando muito a frente dos restaurantes industriais, que ainda lutam para decorar uma rampa de Natal e tornar seus refeitórios cansados e não projetados arquitetonicamente para proverem experiencias reais aos consumidores finais.
Durante anos, o refeitório industrial foi visto como algo meramente funcional. Cumpria seu papel e ponto final. Só que o mundo mudou e o padrão das pessoas também. O colaborador que almoça na empresa hoje vive cercado de referências do varejo. Restaurantes rápidos, ambientes modernos, comunicação clara e pratos atraentes. É impossível competir entregando apenas o básico.
A experiência passou a ser parte da expectativa, mesmo quando a refeição é subsidiada ou oferecida internamente. Se o ambiente parece castigo, o consumidor percebe. E quando ele percebe, perde-se engajamento, satisfação e no fim das contas, o brilho da operação.
No restaurante industrial, o consumidor ainda é refém do cardápio imposto pelo fornecedor. Isso é passado, se a empresa quer entregar uma experiência digna de varejo moderno, precisa investir em tecnologia para quebrar essa lógica engessada.
Autoatendimento inteligente, aplicativos internos de escolha de pratos, produção sob demanda, integração com dados de preferência dos colaboradores, tudo isso devolve ao cliente consumidor o poder de decidir o que comer e reduz a mesmice que desgasta a operação.
O jogo é simples, quanto mais liberdade e personalização, maior a satisfação e a percepção de valor. Quem não tratar o restaurante interno como um ponto de experiência, e não apenas um refeitório, vai ficar para trás.
Ao mesmo tempo que o contratante (cliente comprador), continua exigindo o básico como disciplina, processos robustos, segurança sanitária impecável e previsibilidade. Quer estabilidade e custo sob controle, quer dormir tranquilo sabendo que a operação funciona. E tem razão, é assim que o setor sempre se sustentou. A diferença é que agora isso não basta. O contratante percebe que a experiência do colaborador influencia diretamente o clima organizacional, a produtividade e até o absenteísmo, um restaurante interno que entrega sensação de cuidado virou vantagem competitiva.
É exatamente nesse ponto que a Lenergie está avançando com força. Estamos trazendo para o ambiente industrial e em Obras a lógica da experiência do varejo, sem perder a alma da alimentação de coletividade. Isso significa transformar o refeitório em um espaço mais humano, mais acolhedor e mais vivo, sem abandonar o rigor operacional que sempre nos guiou.
Queremos que o consumidor se sinta em um restaurante de verdade, com sabor, apresentação e ambiente que dialogam com o mundo moderno. Queremos que o contratante veja ali um serviço eficiente e que agrega valor para a empresa dele.
Essa combinação de tradição operacional com visão de futuro é o que sustenta a retenção dos dois tipos de clientes, usuário e contratante. Quando o consumidor percebe cuidado no prato, no atendimento e no ambiente, ele retorna com satisfação. Quando o contratante vê estabilidade, transparência e impacto positivo no time, ele prolonga a parceria. E quando ambos ganham, a operação cresce, se fortalece e gera valor.
No nosso segmento, qualquer fornecedor entrega um show nos primeiros três meses. Isso é fácil, o difícil é manter o padrão quando a rotina aperta. E é exatamente aqui que a Lenergie se destaca, CONSISTÊNCIA. Nós não deixamos a operação cair, não deixamos o serviço se acomodar e não deixamos a qualidade oscilar. Mantemos o restaurante rodando bem todos os dias, não só no período de “lua de mel”. Esse compromisso com estabilidade, entrega contínua e padrão elevado é o que realmente separa a Lenergie do resto do mercado.
O setor de alimentação de coletividade está diante de uma mudança inevitável. Quem continuar entregando só comida ficará pelo caminho. A experiência deixou de ser luxo e passou a ser o novo básico. Na Lenergie, estamos apostando exatamente nisso, em elevar o padrão dos restaurantes industriais ao nível dos restaurantes de varejo, sem perder a essência da alimentação corporativa. É assim que se cria fidelidade, fortalece contratos e cria tendências para o mercado.
Klaus Muller – Diretor de Projetos da Lenergie